Um projeto desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Leocádia Felizardo Prestes, em Porto Alegre, foi o grande vencedor da categoria Escola Promotora de Leitura na 8ª edição do Prêmio VivaLeitura, que reconhece e estimula as melhores experiências de incentivo à leitura no Brasil.
As responsáveis pela ideia do projeto vencedor são as professoras Cláudia Presser Sepé e Sandra Holleben, que observaram a falta de familiaridade das crianças com os clássicos infantis e com os livros durante as visitas à biblioteca da escola. “Percebemos que um número expressivo de alunos só entrava em contato com os livros quando ingressava na escola”, explica Cláudia, que também é professora de Língua Portuguesa dos cursos de Comunicação da Unisinos.
Com a crença de que a mediação em leitura deve iniciar em família ou pelo menos sair da escola também para o ambiente familiar, as duas professoras criaram dentro da escola o projeto Pacto Pela Leitura – Formação de Pais Leitores, que tem como objetivo promover encontros periódicos com os pais de alunos das séries iniciais para estimulá-los e orientá-los sobre a melhor maneira de ler para os filhos, além de proporcionar a troca de experiências. “Descobrimos que alguns pais jamais haviam lido um livro sequer e começaram a ler a partir do projeto e por insistência dos filhos, que também passaram a solicitar a leitura em casa”, conta a professora.
As responsáveis pela ideia do projeto vencedor são as professoras Cláudia Presser Sepé e Sandra Holleben, que observaram a falta de familiaridade das crianças com os clássicos infantis e com os livros durante as visitas à biblioteca da escola. “Percebemos que um número expressivo de alunos só entrava em contato com os livros quando ingressava na escola”, explica Cláudia, que também é professora de Língua Portuguesa dos cursos de Comunicação da Unisinos.
Com a crença de que a mediação em leitura deve iniciar em família ou pelo menos sair da escola também para o ambiente familiar, as duas professoras criaram dentro da escola o projeto Pacto Pela Leitura – Formação de Pais Leitores, que tem como objetivo promover encontros periódicos com os pais de alunos das séries iniciais para estimulá-los e orientá-los sobre a melhor maneira de ler para os filhos, além de proporcionar a troca de experiências. “Descobrimos que alguns pais jamais haviam lido um livro sequer e começaram a ler a partir do projeto e por insistência dos filhos, que também passaram a solicitar a leitura em casa”, conta a professora.
Vídeo
O projeto vem sendo desenvolvido na escola desde agosto de 2014. É a primeira vez que um projeto de Porto Alegre vence o Prêmio VivaLeitura, promovido pelo ministério da Educação e da Cultura e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 5 de maio, em Brasília.
Confira o que a professora Cláudia Presser Sepé, que é Mestre em Aquisição da Linguagem e Doutora em Comunicação, diz sobre a importância do fomento à leitura no aprendizado e no letramento das crianças: “Quanto à importância da leitura para o letramento e aprendizado das crianças, não tenho dúvidas de que é fundamental, imprescindível. Não só de um ponto de vista micro, da correspondência entre os fonemas e as letras que os representam (a leitura constante possibilita esse entendimento), assim como a compreensão de que essa correspondência leva à formação de palavras, mas, principalmente, num plano macro, no que diz respeito à construção de um mapa mental acerca dos modos de organização dos diferentes tipos de texto. Em outras palavras, do ponto de vista estrutural, os textos apresentam-se de maneiras diversas - um poema, por exemplo, não é igual a uma narrativa.
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No entanto, o maior ganho que vejo com a leitura, especialmente se for estimulada desde a mais tenra idade, é o quanto uma história é capaz de contribuir para a construção das subjetividades, no sentido de que aparelha os leitores a se perceberem como parte integrante de um mundo que extrapola os limites de suas casas, de seus bairros, por exemplo, ao mesmo tempo que oferece alternativas para a superação de problemas existenciais, como a chegada de um irmão, a perda de um ente querido, a entrada na escola e tantas outras situações que a literatura mostra serem universais e que, por isso, permitem a identificação do leitor ( qualquer que seja, não só as crianças) com as mesmas situações vividas pelos personagens: vejo o outro e, na alteridade, eu me vejo.
A leitura só tem razão de ser nesse movimento dialógico do leitor com o texto e da extrapolação do lido para o vivido. Isso exige muito mais do que a simples decodificação do escrito: exige maturidade na leitura, capacidade de abstração e operações intelectuais muito sofisticadas que não se constroem de uma hora para outra. Por isso acredito firmemente que a criança deve ser exposta à leitura desde cedo e estimulada a refletir sobre aquilo que lê: como os sentidos se constroem no texto e em que medida o que está fora dele toma parte nesse processo. Para isso acontecer, a mediação de um adulto, também leitor, é fundamental.”
Por Paola Oliveira.